
A Espanha sagrou-se Campeã Europeia de Futebol hoje em Viena. É um triunfo justo de uma equipa jovem, com muito futuro, que alia a experiência de homens como Xavi, Casillas, Puyol, Senna e Capdevila com a juventude de Villa, Silva, Torres Iniesta e Cesc Fabregas.
Tudo sobre a batuta de um teimoso treinador, que levou sempre as suas ideias para a frente, deixou Raúl de fora e sempre que questionado disse que as decisões eram dele se não gostam mandem-me embora. Na altura muitos exigiram a demissão...hoje festejam nas ruas de Madrid e aclamam-no como Herói Nacional.
A Espanha fez o pleno na fase de grupos, eliminou a Itália actual campeã Mundial nos quartos de final e a Rússia a grande revelação deste Europeu nas meias finais e nos dois jogos soube aplicar a estratégia certa, uma estratégia estudada e bem trabalhada pelos jogadores e pelo seleccionador.
Com a Itália defendeu bem, trocou bem a bola no meio campo e saiu rápido para o ataque, ou seja, deu a provar aos Italianos um pouco do seu próprio veneno...é verdade que só ganharam nos penaltis mas dominaram a partida por completo com as melhores oportunidades...valeu em algumas alturas Buffon.
Contra a Rússia realizaram na minha opinião a melhor exibição deste Euro, seguraram bem Arshavin o criativo dos Russos e numa boa estratégia defensiva seguraram Zirkhov o segundo elemento mais criativo da Rússia, sem o apoio destes dois Pavlyuchenko foi uma presa fácil no meio de Puyol e Marchena. Depois foi trocar a bola no meio campo, com a fluidez que caracterizou a Espanha neste Europeu, e os ataques rápidos funcionaram e concederam uma vitória clara por 3-0.
Hoje, em Viena, realizaram uma exibição segura e que justifica a conquista do titulo, já todo ele justificado pelo excelente Europeu realizado pela
Roja, conseguiram segurar mais uma vez as armas Alemãs que contaram apenas com um Ballack a 70% o que influenciou muito as manobras da equipa. Os primeiros 15 minutos de jogo foram de domínio Alemão, determinados e apostando em trocas rápidas de bola surpreenderam a Espanha que se revelou nervosa, mas aos poucos os Espanhóis começaram a tomar conta do jogo e conseguiram impor o seu ritmo, até que aos 33 minutos num belo passe de ruptura de Xavi para Torres, este contornou Lahm e fez a bola sobrevoar Lehman para o golo que deu um Europeu à Espanha.
A segunda parte trouxe uma Alemanha em busca do golo que lançou todas as suas armas para o ataque, Kuraniy foi um peso pesado lá na frente e Gomez tentou impor velocidade, mas a saida do apagado Fabregas e a entrada do influente Xabi Alonso para ajudar Senna nas manobras do meio campo defensivo ajudaram a ocupar os espaços e conseguiram soltar Santi Carzola e Guiza para jogarem no perigoso 3 para 3 contra os Alemães que viram Senna muito perto do 2º golo já perto do fim do jogo.A Espanha dominou o jogo e no final Iker Casillas levantou o merecido Troféu Henri Delaunay.